Vamos convencionar uma coisa: por mais que diretores,
produtores e atores tentem nos convencer que eles se envolvem em refilmagens
por razões artísticas, a verdade é que a grande maioria de tais “releituras” (e
até mesmo os tão falados reboots) tem por fim principal objetivos comerciais. O
que não é demérito ou surpresa: cinema, antes de tudo, é indústria... Encarando
por tal perspectiva é que se pode entender porque alguém ousaria fazer uma nova
versão, em pleno 2012, para “O vingador do futuro”, obra exemplar do gênero
ficção científica de aventura lançada em 1990, um filme que por si só não
precisaria ser melhorado em praticamente nada. Na comparação, a versão mais
recente dirigida por Len Wiseman não chega aos pés em termos de criatividade e
como narrativa da produção original comandada pelo holandês genial Paul
Verhoeven. Não há um astro carismático como Arnold Schwarzenegger como protagonista,
um vilão assustador como o mítico Michael Ironside e, principalmente, o senso
de humor perverso e violento estabelecido por Verhoeven. Se olharmos o filme de
Wiseman sem essa sombra de uma comparação pesada com um clássico, entretanto,
até pode-se perceber alguns detalhes expressivos como as interessantes
trucagens e direção de arte que lembram outros grandes filmes do gênero. Mas no
final das contas, acaba sendo muito pouco, numa visão que extrapola o simples
interesse mercantilista, para justificar uma pretensa recriação.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
No fim não passa de um passa tempo esquecível.
Postar um comentário