Em um documentário sobre música, um dos grandes méritos de
quem o concebe é conseguir fazer o espectador se interessar, a partir do filme,
pelo artista ou estilo focado a ponto de correr atrás de um disco (ou de um
arquivo, nesses tempos virtuais...). Pois “Espia só” (2012) atinge esse
objetivo – pelo menos comigo, afinal logo após ver tal produção fiquei
imediatamente interessado em conseguir algum disco com as composições de Octávio
Dutra, notável instrumentista e autor de chorinhos porto-alegrense que teve o
seu auge comercial e artístico nas primeiras décadas do século XX. O diretor
Saturnino Rocha elaborou aquele feijão com arroz básico dentro do gênero, mas
fez com bastante classe, combinando vários depoimentos de estudiosos, músicos e
parentes do biografado com admirável apuro formal na encenação de belos e afiados números de instrumentistas contemporâneos
tocando algumas das principais canções de Dutra, tendo por resultado um
documentário repleto de momentos inebriantes de sutis e vibrantes melodias e
harmonias, além de oferecer um retrato apurado do cenário cultural da Porto
Alegre do início do século passado.
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