Herdeiro do cinema realista britânico dos anos 60 e 70, o
diretor Stephen Frears teve como principal mote da sua filmografia uma
visceralidade, tanto formal quanto temática, nas suas concepções artísticas.
Isso era patente tanto nas comédias e dramas de cunho social que dirigia no seu
país natal (“Minha adorável lavanderia”, “O amor não tem sexo”, “Sammy e Rosie”,
“A grande família”) quanto nas recriações de gêneros que realizou nos Estados
Unidos, onde fez trabalhos notáveis em drama de época (“Ligações perigosas”),
noir (“Os imorais”) e comédia estilo Frank Capra (“Herói por acidente”). Nos últimos
anos, entretanto, o gume cortante do cinema de Frears diminuiu
consideravelmente, resultando em obras que beiram o anódino. E esse é o caso
justamente desse “O dobro ou nada” (2012). É claro que o cineasta revela competência
narrativa, típica de quem está anos na estrada, além de por vezes criar uma
interessante atmosfera de ambigüidade moral e de evidenciar a sua boa mão na
direção de atores. O que incomoda em “O dobro ou nada” é a acomodação criativa
de Frears – não há no filme qualquer momento de arrebatamento que possa
efetivamente tornar o filme uma experiência memorável.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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2 comentários:
Ou seja, dispensável
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