Originalmente, “Escola do Riso” era uma peça teatral focada exclusivamente na figura de dois personagens, um censor e um escritor de comédias, tendo como pano de fundo histórico o Japão do período da II Guerra Mundial. A origem de dramaturgia até que fica evidente em alguns momentos da adaptação para as telas, mas o que realmente surpreende no filme em questão é o fato do diretor Mamoru Hosi ter conseguido dar um acabamento perfeitamente cinematográfico para o material que tinha em mãos, sem que a obra caia no puro teatro filmado. Mesmo com as maiorias das cenas filmadas numa sala e se utilizando ostensivamente de dois atores apenas (na pele dos personagens acima mencionados), Mamoru consegue obter um resultado fascinante, com fotografia e montagem criando climas que vão do opressivo ao cômico com uma naturalidade impressionante. Além disso, o cineasta preserva com sensibilidade a temática libertária da peça original, uma bela parábola sobre o conflito da criatividade artística e a repressão política, sem cair no panfletário e nem em sentimentalismos excessivos.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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