O título em português desse filme clássico de Jacques Torneur lançado em 1943 pode fazer supor que seja uma produção podreira sobre zumbis. Mas o caso aqui é quase que o oposto. Assim como na sua outra obra-prima “Sangue de Pantera” (1942), o mestre dos filmes de horror da RKO prefere investir na construção de atmosferas sombrias e no suspense psicológico, onde a tensão vem muito mais do que é sugerido do que é realmente mostrado. Tourneur obtém seqüências de uma beleza visual perturbadora, principalmente naquela em que a enfermeira Betsy (Frances Dee) segue a Senhora. Holland (Edith Barrett) no meio de uma floresta sombria e enevoada. As trucagens são simples e econômicas, mas contribuem fantasticamente com o raro encanto sensorial de “A Morta Viva”. O resultado de tantas virtudes cinematográficas é um filme que envelheceu quase nada.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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