Quando o simpático “Minha vida de cachorro” (1985) foi
lançado, o nome do cineasta sueco Lasse Hallström ganhou uma considerável
projeção internacional, o que fez com que logo fosse recrutado por Hollywood.
Com algumas poucas exceções, sua direção mais ofereceu um verniz “sério e
europeu” para bobagens rotineiras e sem maiores inspirações. E é esse
exatamente o caso de “Amor impossível” (2011). A impressão é que o filme faz
uma força tremenda para mover, praticamente, nada... Olha lá: a trama se
desenrola em Londres e nos desertos da Ásia, a temática faz referência à
intolerância religiosa e à guerra no Afeganistão, o elenco traz nomes de peso
como Ewan McGregor e Kristin Scott-Thomas, a narrativa e fotografia até atingem
um tom épico. No final das contas, entretanto, tudo isso é mero pretexto para
uma história de amor bem chulé e previsível. Claro, por vezes o filme é
agradável, mas perfeitamente descartável em sua asséptica concepção formal e
temática.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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