Na formatação da sua narrativa, dá para dizer que “Os estagiários”
(2013) se enquadra naquele gênero de “comédias universitárias”: os principais
personagens devem se superar para atingir seus objetivos, em algumas passagens
sofrerão bullying, em outras darão umas paqueradas e farão umas festas, até
chegar a um clímax em que seus talentos serão reconhecidos e eles ganharão os
respeitos de seus colegas e a admiração definitiva de seus respectivos interesses
amorosos. O que tem de diferente no filme em questão é que a trama se passa no
ambiente de trabalho da Google, com os protagonistas
Billy (Vince Vaughan) e Nick (Owen Wilson) tendo por metas se tornarem
empregados fixos da empresa em questão. Assim, o filme é até razoavelmente
competente dentro de tal gênero – é efetivamente engraçado em algumas cenas,
Vaughan e Wilson têm interpretações carismáticas e a narrativa é agradável. Mas
nada muito além disso: por mais que o roteiro louve a capacidade criadora de
quem trabalha na Google, tudo na produção é rigorosamente previsível. Mas o que
mais incomoda em “Os estagiários” é que no final das contas o filme soa quase
como uma espécie de peça publicitária a exaltar o Google, distante, assim, por
exemplo, da visão lúcida e crítica que o brilhante “A rede social” (2010) expressou
ao radiografar a ascensão do Facebook.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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Um comentário:
Não me interessei nenhum pouco em ver no cinema.
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