A essa altura do campeonato, dá para dizer que nem vale a
pena mais discutir sobre a validade do formato dos filmes derivados da franquia
“Atividade paranormal” – afinal, os produtores encontraram uma fórmula que dá
um belo retorno comercial. Ainda mais se pensarmos que os custos de produção
desse tipo de filme nem é tão alto, o que faz com que a relação custo/benefício
seja bem compensadora. Assim, é chover no molhado dizer que geralmente os
enquadramentos são toscos, a edição é meio atropelada, que o pressuposto do
roteiro de que sempre haverá um personagem segurando uma câmara que registra
boa parte da ação é um tanto quanto implausível... Nesse capítulo mais recente
da série, “Marcados pelo mal” (2013), há um elemento que chama a atenção e até
cria uma certa expectativa: a de que os principais personagens são de origem
latina. Ora, ainda que clichê, o pressuposto de latinos terem uma ligação muito
forte com catolicismo e mandingas em geral mostra uma certa sintonia com o fato
de que os principais vilões da série serem bruxas, demônios e espíritos
malignos. O resultado final, entretanto, é frustrante. As boas possibilidades
criativas da premissa inicial não são aproveitadas a contento, fazendo com que
o filme soe absolutamente genérico e pouco distinto das outras partes da
franquia. Tanto que a trama é basicamente a mesma dos últimos exemplares de “Atividade
paranormal”, tendo a sua história encerrando com os principais personagens
encurralados numa casa repleta de feiticeiras. Aliado ao fato de que “Marcados
pelo mal” não traz ao menos alguma evolução formal para a série, fica-se com a
impressão de que cada vez mais a mesmice reina na série.
E eu que achando que era o quinto filme e não um derivado.
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