Em sua concepção artística-narrativa, “Saint Amour – Na rota
do vinho” (2016) apresenta uma intrigante conjunção de preceitos formais e
temáticos, misturando estética realista, atmosfera libertária, traços de
comicidade ingênua, crítica social e truques sentimentais. Tal receita é até
simpática por vezes, rendendo momentos genuinamente engraçados e outros
desconcertantes. Predomina, entretanto, uma percepção de uma obra que avança em
sua narrativa de maneira desajeitada, faltando um rigor mais consistente na
direção de Benoit Delépine e Gustave Kervern. Se houvesse um maior controle na
junção de tais elementos tão diversos talvez o impacto sensorial e textual da
obra fosse bem maior para o espectador.
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