No melhor de sua filmografia, o diretor norte-americano
David Gordon Green se mostrou um inspirado reciclador de preceitos narrativos
clássicos de gêneros como o melodrama (“Prova de amor”), policial (“Contra
corrente”) e comédia (“Segurando as pontas”). “Joe” (2013) não está no mesmo
nível artístico das obras mencionadas, mas ainda assim é uma obra eficiente
como drama no estilo realista. O roteiro cai em alguns recursos óbvios em
termos de estruturação de situações e personagens, o que é compensado pelo
vigor da encenação concebida por Green. Além disso, há alguns detalhes que dão
um realce diferenciado para a produção, como a sombria trilha sonora e as
sóbrias composições dramáticas do elenco – nesse último quesito, Nicolas Cage
surpreende por sair daqueles registros entre a preguiça e o exagero de boa
parte de suas recentes atuações.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário