O cinema do diretor francês Claude Lelouch parece que vai
ser tornando cada vez mais autorrefencial. “Un + une” (2015) é um exemplar
enfático dessa tendência. Trama e atmosfera evocam aquela mistura de romantismo
exacerbado e homenagens ao universo cinematográfico já delineada em outros
longas-metragens do cineasta, sempre tendo como pano de fundo um cenário marcado
pelo exotismo e mistério. Se em outros filmes tal fórmula artística rendeu
alguns momentos memoráveis, na obra em questão o resultado final é banal e por
vezes enfadonho, ainda que a sua competência formal possa soar agradável em
algumas passagens. Com toda a sua fotogenia e amenidade narrativa, “Um + une” é
uma produção fácil de ver e mais fácil ainda de esquecer.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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