Vire e mexe e as coisas se repetem de maneira que beira o
manjado – quase que anualmente aparece algum drama inglês de fundo histórico
falando sobre uma rainha britânica de algumas décadas ou séculos atrás com uma
abordagem entre o realismo e o farsesco sempre abusando de uma direção de arte
caprichada e um elenco de nomes competentes. Por seu rigor formal o tal do
filme chama atenção de parcela expressiva da crítica e conquista alguma
indicações ao Oscar e premiações afins. “A favorita” (2018) é o caso mais
recente desse processo mercadológico-artístico. É claro que não chega a ser
ruim, pois há realmente um esmerado cuidado estético, as atuações da trinca
protagonistas têm os seus momentos expressivos (principalmente por parte de
Olívia Colman) e o diretor Yórgos Lánthimos consegue extrair algumas memoráveis
sequências de humor bizarro e erotismo perverso. Mas também não justifica tanto
estardalhaço de “novidade” como vem se propagando por aí.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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