Na pretensão, “Nunca convide o seu ex” (2017) era para ser
uma visão mais crua e desencantada da gasta premissa de protagonista levemente
desajustado que percebe o quanto a sua vida desandou quando sabe que uma
ex-namorada está prestes a se casar com outro e daí decide reverter a situação
faltando poucos dias para o fatídico matrimônio. O filme do diretor Ryan Eggold
também tem algo de “500 dias com ela” (2009) ao fazer um retrato irônico sobre
os jovens adultos do século XXI, com direito a algumas referências de cultura
pop (afinal, nerds e geeks adoram esse tipo de coisa
auto-celebratória/marturbatória). Em meio a tantas intenções e influências,
entretanto, a narrativa se perde devido a uma abordagem artística superficial e
previsível. A pretensa transgressão de questionar os valores pequeno-burgueses
se revela pífia – toda a saga de mal-estar existencial e equívocos do
protagonista Adam (Justin Long) não causa qualquer tensão dramática,
limitando-se a evocar uma estéril fotogenia estética e um insípido tratamento
temático destinados a não perturbarem um público não muito exigente.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário