O grande barato dessa produção canadense de 2005 é enquadrar a sua temática (homossexualismo e o respectivo preconceito social e familiar) num contexto bem humorado e pop, ainda mais que boa parte do filme se passa na primeira metade dos anos 70, auge do Glam Rock, movimento musical que tinha por característica básica a androginia. Mesmo não chegando no nível de uma obra-prima como o genial “Velvet Goldmine” de Todd Haynes, “C.R.A.Z.Y.” tem ótimos momentos, principalmente aquele em que o protagonista paga um tremendo mico, quando adolescente, ao dublar David Bowie cantando “Space Oddity”, com direito inclusive ao seu rosto pintado com um raio, no seu quarto, mas com toda a rua assistindo e tirando sarro. E por mais que o filme caia em algumas obviedades sentimentais, é inegável que ele tenha uma considerável força dramática em algumas seqüências, principalmente no que se refere ao relacionamento do personagem principal com o seu pai e os seus irmãos.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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