O diretor espanhol Julio Medem geralmente oferece em seus filmes uma original concepção narrativa e formal. São obras que inicialmente parecem atuar dentro do gênero drama, mas com o desenrolar de suas tramas vão revelando elementos de cinema fantástico, mas sob uma ótica insólita, onde esse aspecto da fantasia brota de traços psicológicos e de delírios. “O Esquilo Vermelho” se enquadra perfeitamente nesses parâmetros tão característicos de Medem. O roteiro do filme é uma estranha e magnífica combinação de amnésia, coincidências, sonhos, romance e traumas familiares. O que poderia resultar numa confusa narrativa acaba gerando algo que flui com invulgar naturalidade. A câmera de Medem foca a realidade como se fosse o metafísico, gerando dessa forma seqüências de uma beleza onírica impressionante.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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