Essa produção italiana de 1978 é uma refilmagem da obra de estréia de Wes Craven, “Aniversário Macabro” (1972), mas é muito mais que um mero remake picareta. Ao contrário do charme amador do filme de Craven, o trabalho do diretor Aldo Lado é marcado por um grau de rebuscamento formal típico das produções setentistas do gênero Giallo. O resultado é um filme ainda mais assustador e tenso que a obra original. As seqüências que se passam no trem do título do filme são marcadas por um suspense mórbido e sórdido, com Lado mostrando apuro estético nos moldes do melhor de Dario Argento, explorando com maestria os ambientes soturnos dos vagões. A caracterização dos marginais estupradores e homicidas que molestam jovens garotas em um dos vagões impressiona pela crueza e ausência de maiores justificativas: eles simplesmente são vilões violentos e sádicos e parecem se deliciar com isso (o que em tempos de politicamente correto como os nossos pode chocar os espectadores mais desavisados).
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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