A influência de Aki Kaurismäki na produção alemã “A boneca,
o gordo e eu” (2012) é evidente em cada fotograma. O diretor Axel Ranisch, em
seu longa de estreia, segue os preceitos do cineasta finlandês com dedicação:
narrativa minimalista, abordagem emocional distanciada, personagens outsiders,
comicidade amarga, uso constante de planos fixos, trilha sonora marcada por uns
rocks esquisitos. Apesar da pouca originalidade, o filme convence – a narrativa
é envolvente, direção de fotografia e edição de caráter simples e sóbrio, os
atores são carismáticos nas suas caracterizações idiossincráticas. É fato também
que é uma obra que pouco transcende, mas para um primeiro longa o resultado é
satisfatório. Agora é esperar para ver se Ranisch em seus próximos trabalhos
conseguirá sair da sombra de Kaurismäki.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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