É inegável que “O planeta dos vampiros” (1965) pareça
bastante datado para os dias de hoje. É uma obra que transita entre o horror e
a ficção científica, mas que se mostra incapaz de gerar tensão ou medo para as
platéias contemporâneas, ao contrário de outros trabalhos do diretor italiano
que até hoje mantém o poder perturbador e inquietante como “Kill, Baby, Kill” (1966)
e “Lisa e o demônio” (1973). O que mantém o interesse de “O planeta dos
vampiros” é a sua construção visual. A partir de recursos típicos de filmes B, a
produção é marcante pelas atmosferas góticas e pela fotografia de tons pictóricos,
que geram um estranho encanto estético, e que faz até pensar se Ridley Scott não
utilizou a obra em questão como referência formal na concepção do extraordinário
“Prometheus” (2012).
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário