Continuação de um clássico
underground da produtora Troma, “Return to Nuke’em High” (2013) é um reflexo do
verdadeiro fio da navalha que representa a filmografia do diretor Lloyd
Kaufman. As produções de tal cineasta trafegam dentro de um universo particular
e reverente a tradição de filmes B e independentes associados ao cinema de gênero.
Assim, o que mais interessa para Kaufman é a reciclagem constante de uma
atmosfera que varia aos trancos e barrancos entre a comédia grotesca e o sórdido.
Se por vezes ele consegue obter alguns resultados antológicos dentro desse
formato, em outras oportunidades tudo dá errado e acabam surgindo obras
bastante equivocadas, o que é o caso do filme em questão. Na concepção, até que
as ideias do roteiro sugerem possibilidades criativas interessantes – clichês de
comédias estudantis, gozações com paranóia nuclear, trucagens mambembes,
sexualidade ostensiva. O problema é que na hora de combinar todos esses
elementos dentro de uma narrativa as coisas degringolam. Com exceção de algumas
seqüências de sexo lésbico, a encenação de Kaufman é artrítica, sem fluidez.
Por mais que eventualmente o show de escatologias da trama possa ser engraçado,
os exageros gráficos de Kaufman soam repetitivos e cansados, mais induzindo ao
tédio do que ao riso.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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Um comentário:
Boa dica
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