O roteiro de “Visões do passado” (2015) está recheado dos
clichês temáticos básicos dentro do gênero horror que sintetiza o sobrenatural
e o psicológico: almas penadas, ambientação que junta o real e o metafísico no
mesmo plano, segredos e traumas mal digeridos do passado. O diretor Michael
Petroni tem a manha de saber conciliar tais traços óbvios da trama com uma
narrativa enxuta, formalismo bem estruturado e atmosferas sombrias capazes de
gerar alguma tensão para o espectador. Além disso, conta com um bom ator (Adrien
Brody) no papel principal, dando uma certa profundidade existencial para o
protagonista. Ou seja, no geral, não apresenta novidades e nem vai entrar para
história dentro do gênero, mas é bem mais divertido e envolvente do que as
produções “modernas” de horror que tanto apelam para a câmera subjetiva para
esconder a sua incompetência narrativa.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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