A estrutura narrativa de “Faces de uma mulher” (2016)
obedece a formato e execução convencionais, focando na conturbada vida de uma
mulher, sempre à beira da marginalidade sócio-econômica, com uma trama que se
estrutura a partir de forma episódica e cronologicamente reversa a mostrar
fatos importantes da maturidade, juventude e infância da protagonista. O roteiro
obedece a uma lógica existencial um tanto moralista, além de ser previsível em
alguns de seus desdobramentos. A efetiva força do filme de Arnaud des
Pallières, e o que o torna uma experiência memorável, está no vigor de sua
encenação e na intensidade dramática das atuações do seu elenco, com destaque
em especial para Adèle Exarchopoulos, que entrega uma interpretação de
admirável desenvoltura cênica, lembrando bastante o seu desempenho antológico
na obra-prima “Azul é a cor mais quente” (2013).
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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