Assim como vários outros clássicos norte-americanos da época
do Star System dos grandes estúdios, “Quanto mais quente melhor” (1959) foi
realizado com a intenção primeira de divertir as platéias, mais até do que se
tornar uma obra de grande expressão cultural. Só que a genialidade do diretor
Billy Wilder na concepção e execução da narrativa do filme teve também como
resultado final um longa-metragem que pode ser considerado grande arte. Isso
fica evidente em expressivos detalhes como um elegante formalismo baseado em sutis
nuances imagéticas, encenação perfeitamente coreografada que sintetiza precisão
e desenvoltura alucinada, roteiro engenhoso no desenvolvimento de hilários quiproquós
e na elaboração dos sagazes diálogos e direção de atores que extrai atuações
inesquecíveis de todo o elenco principal e de boa parte dos coadjuvantes.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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