As comédias norte-americanas contemporâneas que enveredam
para a temática do retrato comportamental de gerações diversas (jovens, adultos
e afins) parecem sempre andar no fio da navalha. Por vezes, aparecem algumas
produções que realmente trazem uma visão lúcida sobre contradições e dilemas
típicos dos tempos que vivemos, em meio aos habituais episódios de piadas
grosseiras e escatológicas, tendo um resultado final artístico bem memorável –
nessa linha, daria para citar alguns trabalhos mais recentes dos irmãos
Farrelly. E também há o caso de um número considerável de filmes que caem na
mais pura irrelevância. “Quatro amigas e um casamento” (2012) fica no meio
caminho. Na primeira metade do longa, a narrativa até insinua uma visão
sarcástica, por vezes até amarga, sobre os desencontros sentimentais e alguns
padrões morais hipócritas da sociedade ocidental, com algumas cenas interessantes
em termos de encenação e boas situações cômicas. Na parte final do roteiro,
entretanto, tudo se formata em soluções convencionais e mesmo moralistas, em
meio a um formalismo derivativo, frustrando as expectativas promissoras
iniciais.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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