No gênero comédia, a fronteira entre o que pode ser
efetivamente muito engraçado e aquilo que é aborrecido aparenta ser bastante
tênue. Afinal, por exemplo, o que pode explicar que o primeiro “Quero matar meu
chefe” (2009) tenha sido uma produção divertida e essa sua continuação lançada
em 2014 ser tão sem graça e picareta? Na realidade, a explicação acaba não
sendo tão difícil assim. No primeiro filme havia um certo frescor por alguns
motivos bem definidos: a ideia principal do roteiro era boa e bem explorada em
suas possibilidades criativas, as piadas tinham sua empatia, o elenco trazia
algumas atuações carismáticas. É claro que estava longe de ser uma obra-prima,
mas sua realização arejada a tornava uma obra memorável. A única coisa que
transparece nesse segundo filme é que os seus produtores estavam mais a fim de
ganhar uma grana certa com a continuação de um sucesso do que apresentar algo
significativo que justificasse uma segunda parte. Basicamente, repete-se sem
inspiração alguma as situações bases do primeiro filme. Essa indolência
transparece até nas interpretações apáticas do elenco. Como resultado final,
uma comédia que mais induz ao sono do que ao riso e que se torna ainda mais
decepcionante quando se vê que o diretor é Sean Anders, o mesmo do ótimo “Sex
Drive – Rumo ao sexo” (2008).
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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