O que torna “Irmãs” (2015) um filme bem divertido não é
alguma grande ousadia temática ou narrativa. Pelo contrário. A produção
dirigida por Jason Moore abusa de truques cômicos corriqueiros e mesmo de um
tom moralista, elementos esses fortemente presentes nas comédias
norte-americanas nos últimos anos. O que dá um toque diferencial na história de
duas irmãs quarentonas imaturas emocionalmente que resolvem dar uma festa de
arromba para relembrar (ou exorcizar) a juventude está na boa sacada de Moore
em concentrar a narrativa nas atuações histriônicas do trio de atrizes
veteranas de Saturday Night Live Amy Poehler, Tina Fey e Maya Rudolph. Elas
conseguem dar credibilidade tanto para as sequências mais
escrotas/escatológicas quanto para aquelas com uma queda para o melodrama
familiar. Assim, “Irmãs” consegue se afastar daquela assepsia típica de boa
parte do que se faz no gênero na atualidade e oferecer alguns momentos hilários
memoráveis.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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