São recorrentes comentários na internet de que “O Babadook” (2014)
e um dos filmes mais aterrorizantes dos últimos tempos. Se isso é fruto de
alguma engenhosa campanha marqueteira ou apenas da opinião de alguns
espectadores facilmente impressionáveis, o fato é que essa produção australiana
dirigida por Jennifer Kent está bem longe de ser considerado um marco no gênero
horror. É apenas uma obra que recicla vários clichês narrativos e temáticos
dessa linhagem de filmes. É fato também, entretanto, que faz isso com razoável
competência. O elenco apresenta algumas atuações convincentes (o garoto Noah
Wiseman é especialmente interessante na sua caracterização alucinada de um
pentelho irrequieto), as caracterizações imagéticas das trucagens têm um certo
frescor (a figura da monstruosa criatura do título, por exemplo, é memorável) e
Kent consegue extrair genuínas atmosferas de tensão dramática em algumas
sequências. Ou seja, nada que vá mudar o rumo do mundo, mas que pelo menos
garante uma sessão divertida no Netflix (aliás, coisa que não é tão frequente
assim no canal).
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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