No papel, “A história verdadeira” (2015) seria uma obra
bastante promissora. Uma trama baseada em fatos reais com uma premissa
interessante (a relação ambígua entre um repórter decadente e um melífluo
assassino psicopata) e uma dupla de ótimos atores (Jonah Hill e James Franco)
nos papéis principais. Ocorre, entretanto, que o tratamento artístico do
diretor Ruper Goold é tão convencional e superficial que acaba jogando a obra
no ralo da irrelevância. A pretensa densidade psicológica dos personagens, a
busca por uma atmosfera de tensão dramática e ambivalência moral e a construção
de um roteiro efetivamente convincente se esvanecem em nome de um formalismo
destituído de ousadia e de uma insípida assepsia visual.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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