Quando os carismáticos bonecos retomaram suas aventuras em “Os
Muppets” (2011), havia um certo frescor nessa volta, até porque o universo de
histórias dos personagens que oscilavam na ingenuidade e citações irônicas à
cultura pop acabava se mostrando até como novidade no meio de produções para o
público infantil que esbarravam com frequência no óbvio. O sucesso do filme tornou
o surgimento de uma continuação bastante natural. E no conceito de tais
figuras, até isso rendia uma boa tiração de sarro. Assim, logo na abertura de “Os
Muppets 2 – Procurados e amados” (2014) há um número musical bem humorado em
que Caco e sua trupe fazem um comentário sardônico auto-depreciativo sobre o
oportunismo de se realizar uma continuação, num belo exercício de
metalinguagem. Tirando a ousadia desse início, entretanto, a produção trafega
por vias mais previsíveis. É claro que não daria para esperar vôos mais altos
do capítulo de uma franquia lucrativa, e o que os fãs dos personagens querem
mesmo é vê-los fazendo as patetices e piadas que estamos acostumados. O
problema, entretanto, é que a zona de conforto em que o filme se instala faz
com que logo após a sua conclusão pouca coisa fique na cabeça do espectador.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário