terça-feira, junho 12, 2007

Filmes da Semana (Cotações de 0 a 4 estrelas)


Não Por Acaso, de Phillippe Barcinski **1/2
Princesas, de Fernando León de Aranoa ***
Os 12 Trabalhos, de Ricardo Elias ***
Zodíaco, de David Fincher ****
O Homem Duplo, de Richard Linklater ****
Cronos, de Guillermo Del Toro ****
Nightmare, de Freddie Francis ***
The Changeling, de Peter Medak ***
Maléfique, de Eric Valette ***
O Fantasma de Kasane, de Nobuo Nakagawa ***1/2
Cotton Club, de Francis Ford Coppola ****
Visões, de Oxide Pang Chun e Danny Pang **

segunda-feira, junho 04, 2007

Cartas de Iwo Jima, de Clint Eastwood



Confesso que estranhei a preferência da maioria das pessoas em relação à “Cartas de Iwo Jima” do que “A Conquista da Honra”, os dois filmes que Clint Eastwood realizou mostrando o conflito armado entre norte-americanos e japoneses na ilha de Iwo Jima sob duas óticas diferentes. Não que “Cartas de Iwo Jima” não seja um bom filme: o clima fortemente tenso de algumas cenas, a rigorosa e bem azeitada recriação das batalhas entre os dois exércitos e o lúcido questionamento sobre o inflexível código de honra dos militares japoneses fazem do filme um espetáculo cinematográfico de grandeza inquestionável. Deve-se considerar, entretanto, que “Cartas de Iwo Jima” em alguns momentos resvala num certo academicismo excessivo, e mesmo o foco constante sobre a validade da defesa do árido território da ilha torna o filme um pouco cansativo e solene demais em determinadas seqüências. Não há aquela magnífica alternância de passado e presente que permeia toda a metragem de “A Conquista da Honra” e nem a ambivalência da oposição entre heroísmo e desmistificação que é o cerne desse último.

A verdade é que “Cartas de Iwo Jima”, assim como no superestimado “Menina de Ouro”, apesar de ser um ótimo filme, deixa essa leve impressão de decepção porque sempre esperamos muito de Clint Eastwood, um cineasta que já nos ofereceu inesquecíveis obras primas como “O Imperdoáveis”, “Sobre Meninos e Lobos” e “Um Mundo Perfeito”.

Alta Freqüência, de Gregory Hoblit ***


“Alta Freqüência” está muito longe de ser uma obra revolucionária ou genial. É apenas uma empolgante ficção científica. E nos dias atuais, em que se costuma cultuar bunda-molices como “Babel” ou “Amelie Poulain”, não deixa de ser um pouco transgressor um diretor fazer um filme que quer apenas contar uma boa história e prender a atenção do espectador com boas seqüências de pura tensão. A trama simples de um rapaz que consegue se comunicar com seu falecido pai através de um rádio transmissor que é uma ponte entre passado e futuro acaba cativando pela honestidade e objetividade de suas intenções. E Dennis Quaid está no ápice das suas atuações tipicamente boa-praça: o cara parece que nasceu para esse tipo de filme. A vida para apreciadores de cinema seria bem melhor se chegassem mais nas telas produções despretensiosas e imaginativas como esse “Alta Freqüência” do que obras pretensamente “sérias” e “edificantes” que tanto assolam as salas...

Filmes da Semana (cotações de 0 a 4 estrelas)


Extermínio 2, de Juan Carlos Fresnadillo ****
Alpha Dog, de Nick Cassavetes ***1/2
Boca de Lixo, de Eduardo Coutinho ****
Sou Feia, Mas To na Moda, de Denise Garcia ***1/2
Ventos da Liberdade, de Ken Loach ****
Nascidos em Bordéis, de Zana Briski e Ross Kauffman **
Godfathers And Sons, Marc Levin ***
Piano Blues, de Clint Eastwood ***1/2