sexta-feira, agosto 12, 2011

Transformers 3 - O Lado Oculto da Lua, de Michael Bay **1/2



Antes de qualquer coisa, cabe ressaltar um aspecto positivo em “Transformers 3 – O Lado Oculto da Lua” (2011): a qualidade dos efeitos, em que o extremo detalhismo digital faz com que as transformações dos robôs, por exemplo, tragam uma clareza visual muito mais avançada que os filmes anteriores da série. Tirando essa louvação, entretanto, este terceiro capítulo da saga é o pior filme disparado da franquia. O diretor Michael Bay centralizou muito a narrativa em torno dos dramas amorosos e de consciência do protagonista Sam (Shia LeBeouf), o que tornou o desenvolvimento da trama muito truncado, afinal as seqüências com os robôs não são tão freqüentes quanto nas produções anteriores e se interam de forma forçada com lado “humano” do filme. Além disso, a condução da direção de Bay é mecânica em demasia, tirando muito da tensão do filme. Tudo obedece a um certo padrão temático e formal que parece apenas emular as obras iniciais da série. Em certos momentos, parece que estamos até assistindo a um grande comercial de TV, tanto na caracterização caricata do interesse romântico de Shia (não à toa, Megan Fox já havia dito que tinha a impressão de Bay nunca tinha tido uma namorada tamanha a forma artificial que costuma retratar mulheres na sua filmografia) quanto nas bregas filmagens de caras durões caminhando em câmera lenta (Sam Peckinpah deve rolar na tumba com o desvirtuamento de um dos seus recursos estéticos mais marcante).

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