quinta-feira, setembro 22, 2011

Cowboys e Aliens, de Jon Favreau **1/2



Dentro de uma concepção típica da cultura pop, a ideia central de “Cowboys e Aliens” (2011), apesar de não muito original, é muito boa ao procurar juntar dois dos mais estimados gêneros cinematográficos – faroeste e ficção científica. Não deixa de ser atraente também o fato de uma trama e ambientação características do cinema B receberam um tratamento de produção classe A. Mas se na teoria tais aspectos despertam curiosidade, na execução as coisas ficam abaixo do esperado. O pastiche de elementos diversos faz que tanto a parte western quanto a espacial soam fake e limpinhas demais. É claro que não dava para esperar um estilo clássico no dirigir na junção de gêneros diversos. O que incomoda é uma ambientação um tanto asséptica em que até a sujeira e o sangue parecem excessivamente clean. É de notar também que uma trama como “Cowboys e Aliens” exigiria uma abordagem mais marcada pela ironia, tendo em vista o tom juvenil de sua premissa. O que predomina durante o filme, todavia, é um viés dramático, de conotações moralistas e repleto de discursos edificantes, o que acaba sendo um pouco ridículo. Deixando tais equívocos de lado, resta ainda em alguns momentos uma diversão espapista até bem palatável, principalmente pelos bons efeitos especiais e pela ação desenfreada de algumas sequências. Talvez o azar de “Cowboys e Aliens” esteja no fato de que em 2011 houve produções de aventura nas telas bem mais satisfatórias como “X-Men: Primeira Classe”, “Capitão América: O Primeiro Vingador” e “Planeta dos Macacos: A Origem”.

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