quarta-feira, dezembro 18, 2013

Jardim Atlântico, de Jura Capela **



É normal que possa haver expectativa em relação a “Jardim Atlântico” (2012). Afinal, nos últimos anos têm aparecido muitas produções notáveis realizadas em Pernambuco, estado onde o filme foi produzido. Mesmo suas concepções artísticas são bastante promissoras – uma mistura de drama delirante com musical. Aliás, no quesito de música, a produção também chama atenção por contar com alguns talentos expressivos da cena contemporânea brasileira como Céu, Guizado, Pupilo e Lirinha. Em algumas cenas isoladas, essas promessas até se cumprem, principalmente pela combinação de delírio, barroquismo, hedonismo e música. Como narrativa, entretanto, “Jardim Atlântico” acaba se perdendo. Há um excesso de referências e idéias que faz com que o ritmo do filme seja pouco orgânico. Mesmo que haja um cuidado estético na simbologia da trama, a condução trôpega da direção de Jura Capela leva ao aborrecimento.

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