Diferentes dos documentários nacionais mais recentes, “Assim Era a Atlântida” (1974) não tem preocupações didáticas ou de procurar verdades factuais. Sua intenção é pura e simplesmente fazer uma homenagem aos filmes e aos artistas representantes da era de ouro da Atlântida, estúdio cinematográfico brasileiro que da década de 40 até a de 60 gerou vários sucessos populares. O tom da narrativa é solene e nostálgico – há depoimentos emocionados e repletos de recordações de alguns dos principais membros da Atlântida (Grande Otelo, Cyll Farney, Norma Bengell, Odete Lara, entre outros) que se entrelaçam com trechos de películas do estúdio. O que mais predomina nas entrevistas é um questionamento quase perplexo em saber por que aquele período glorioso findou, restando apenas o ostracismo. Assistindo aos aludidos pedaços dos filmes que estão no documentário, pode-se entender um pouco sobre os motivos desse esquecimento: tais produções não envelheceram tão bem, sendo que a ingenuidade do roteiro e a estruturação enfadonha dos filmes não resistiram à corrosão do tempo. Mesmo assim, é inegável que algumas dessas seqüências são bem engraçadas, fazendo de “Assim Era a Atlântida” um passatempo curioso e esclarecedor.Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
quinta-feira, fevereiro 18, 2010
Assim Era a Atlântida, de Carlos Manga ***
Diferentes dos documentários nacionais mais recentes, “Assim Era a Atlântida” (1974) não tem preocupações didáticas ou de procurar verdades factuais. Sua intenção é pura e simplesmente fazer uma homenagem aos filmes e aos artistas representantes da era de ouro da Atlântida, estúdio cinematográfico brasileiro que da década de 40 até a de 60 gerou vários sucessos populares. O tom da narrativa é solene e nostálgico – há depoimentos emocionados e repletos de recordações de alguns dos principais membros da Atlântida (Grande Otelo, Cyll Farney, Norma Bengell, Odete Lara, entre outros) que se entrelaçam com trechos de películas do estúdio. O que mais predomina nas entrevistas é um questionamento quase perplexo em saber por que aquele período glorioso findou, restando apenas o ostracismo. Assistindo aos aludidos pedaços dos filmes que estão no documentário, pode-se entender um pouco sobre os motivos desse esquecimento: tais produções não envelheceram tão bem, sendo que a ingenuidade do roteiro e a estruturação enfadonha dos filmes não resistiram à corrosão do tempo. Mesmo assim, é inegável que algumas dessas seqüências são bem engraçadas, fazendo de “Assim Era a Atlântida” um passatempo curioso e esclarecedor.
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