segunda-feira, dezembro 26, 2011

Rabies, de Aharon Keshales e Navot Papuchado ***



Talvez boa parte do que pode motivar os cinéfilos em geral a assistir a “Rabies” (2011) seja a combinação do gênero com a nacionalidade: uma produção israelense de horror. Descontando o inusitado da origem, entretanto, o filme consegue reservar algumas surpresas. É provável que boa parte dos apreciadores do terror fiquem um tanto ressabiados pelo excesso de psicologização dos personagens e de subtramas de teor dramático, o que não parece condizer muitos às vezes com o estilo meio splater da obra (muita escatologia, sangue, vísceras e afins). Ainda sim, há um interessante equilíbrio entre os momentos de tensão com as sequências de violência explícita. Mesmo tendo por base uma trama centrada na figura de um psicopata sádico (recurso narrativo um tanto manjado), os diretores Aharon Keshales e Navot Papushado souberam criar algumas cenas efetivamente perturbadoras pela sua brutalidade e sordidez, principalmente quando surge a figura do policial corrupto e lascivo que sevicia duas jovens. No saldo geral, “Rabies” está longe de ser um marco ou obra-prima, mas se coloca acima da média do que vem sendo praticado ultimamente no gênero.

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