sexta-feira, outubro 19, 2012

A tentação, de Mattwew Chapman *1/2


Filmes cuja intenção principal é divulgar alguma doutrina religiosa não representam uma novidade. É só se prestar atenção na regularidade com que aparecem em nossos cinemas produções de temática espírita ou católica. Agora uma produção a defender de forma veemente o ateísmo não é algo que aparece todo dia. E esse é o caso de “A tentação” (2011). A visão da obra sobre a religiosidade é pouco lisonjeira – crenças serviriam apenas para estimular o fanatismo e o obscurantismo, gerando infelicidade para os seus crentes. Independente de concordar ou não com tal ótica, o que mais incomoda no filme é o traço esquemático de sua narrativa, além da forma caricatural com que caracteriza os seus “vilões”. A ideia central da possibilidade de transcendência de um ser humano mesmo não tendo alguma religião é interessante, mas acaba retratada de forma banal. Assim, no máximo, pode-se dizer que “A tentação” desperta curiosidade pela sua temática inusitada, mas apenas por isso.

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