“Home” (2008) é uma verdadeira jornada dentro da loucura humana. A trama é altamente insólita: uma família de desequilibrados e que tinha tudo para ser disfuncional vive isolada em estranha harmonia em uma casa que fica à beira de uma auto-estrada abandonada. Jogando hockey no asfalto deserto, tomando banhos coletivos ou com a filha mais velha se bronzeando nua no jardim, nada parece perturbar a rotina do esquisito grupo. No momento, entretanto, que a auto-estrada em questão é reativada, a desordem mental de todos parece aflorar. Incapazes de abandonar a residência, começam a entrar em eternas discussões e conflitos. Chega-se ao ponto de emparedar todas as aberturas da casa para evitar o contato externo. A cineasta Ursula Meir adota o tom certo na direção, criando uma atmosfera de demência que vai se tornando progressivamente sufocante. A fotografia se alterna vertiginosamente entre a luminosidade ensolarada das belas paisagens bucólicas onde a casa está encravada até os interiores escuros e opressores da residência. Isabele Huppert mostra uma variação interpretativa impressionante no papel da matriarca, indo da serenidade contemplativa até o comportamento maníaco assustador, enquanto o notável elenco juvenil envereda por atuações similares.Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
domingo, setembro 06, 2009
Home, de Ursula Meier ****
“Home” (2008) é uma verdadeira jornada dentro da loucura humana. A trama é altamente insólita: uma família de desequilibrados e que tinha tudo para ser disfuncional vive isolada em estranha harmonia em uma casa que fica à beira de uma auto-estrada abandonada. Jogando hockey no asfalto deserto, tomando banhos coletivos ou com a filha mais velha se bronzeando nua no jardim, nada parece perturbar a rotina do esquisito grupo. No momento, entretanto, que a auto-estrada em questão é reativada, a desordem mental de todos parece aflorar. Incapazes de abandonar a residência, começam a entrar em eternas discussões e conflitos. Chega-se ao ponto de emparedar todas as aberturas da casa para evitar o contato externo. A cineasta Ursula Meir adota o tom certo na direção, criando uma atmosfera de demência que vai se tornando progressivamente sufocante. A fotografia se alterna vertiginosamente entre a luminosidade ensolarada das belas paisagens bucólicas onde a casa está encravada até os interiores escuros e opressores da residência. Isabele Huppert mostra uma variação interpretativa impressionante no papel da matriarca, indo da serenidade contemplativa até o comportamento maníaco assustador, enquanto o notável elenco juvenil envereda por atuações similares.
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