sexta-feira, setembro 24, 2010

O Aprendiz de Feiticeiro, de Jon Turtelbaub **


É de se ressaltar positivamente em “O Aprendiz de Feiticeiro” (2010) a qualidade de algumas sequências em termos de trucagens visuais como as cenas do dragão em Chinatown ou da perseguição automobilística que se desenvolve no mundo dos espelhos. Esses momentos mais criativos em termos formais, entretanto, acabam sendo exceções em meio a uma narrativa burocrática e pouco inspirada. A abertura, por exemplo, é um apressado resumo de fatos expostos de forma anti-climática. Sempre que a trama de fantasia do filme parece que vai engrenar, do nada surge trechos de interlúdios românticos deslocados e pouco convincentes. No geral, “O Aprendiz de Feiticeiro”, assim como “Percy Jackson e o Ladrão de Raios” (2010), parece tentar estabelecer um nova franquia cinematográfica no gênero fantástico, na linha de “Harry Potter” e “O Senhor dos Anéis”, mas faz isso de forma oportunista e sem convicção. E depois dos sensacionais “Vício Frenético” (2009) e “Kick-Ass – Quebrando Tudo” (2010), Nicolas Cage volta ao seu universo tradicional de protagonista de produções meia-boca.

Um comentário:

pseudo-autor disse...

Mais uma incursão de Nicolas Cage ao universo dos personagens surreais. Achei esse até mais ou menos! Mas o diretor já fez coisas bem melhores (como Instinto e Jamaica abaixo de Zero, por exemplo).

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