quarta-feira, setembro 15, 2010

Salt, de Phillip Noyce **


O australiano Phillip Noyce não pertence àquela categoria de realizadores que apresenta grandes traços autorais em suas obras. Ainda assim, de vez em quando apresentou produções acima da média como “Geração Roubada” e “O Americano Tranquilo”, ambos de 2002. Mesmo quando enveredou para o gênero do cinema de ação, mostrou-se um artesão competente e com um certo grau de ousadia, conforme pode ser atestado nos thrillers “Jogos Patrióticos” (1992) e “Perigo Real e Imediato” (1994). Assim, não há como não se decepcionar com “Salt” (2010), produção mais recente dirigida por Noyce. Tudo no filme exala uma previsibilidade burocrática. As seqüências de ação abusam da câmera lenta de forma desnecessária, parecendo serem apenas pretextos para Angelina Jolie fazer caras e bocas no papel-título. Até as viradas na trama obedecem a convenções engessadas. É claro que há algumas cenas mais movimentadas que chamam atenção do espectador, além de Liev Schreiber compor um vilão carismático. No mais, entretanto, “Salt” peca por fazer questão de não sair do âmbito do genérico.

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