terça-feira, fevereiro 01, 2011

Zé Colméia, de Eric Brevig *1/2


Não dá para dizer que “Zé Colméia” (2010) seja propriamente uma decepção, até porque o que se vinha falando sobre a sua produção e o próprio trailer já indicavam que o futuro não era muito promissor. Mesmo assim, há um certo gosto de frustração pelo fato de que a grana envolvida no filme justificaria uma obra bem menos capenga. O grande problema não é o fato de “Zé Colméia” ser uma bobagem pueril, mas sim o fato de ser uma bobagem pueril realizada de forma tão pouca inspirada. Paira sobre o filme uma indecisão criativa entre enveredar por um tom de besteirol ou permanecer na seara do gênero infantil, o que acaba resultando em algo despersonalizado e insípido. Mesmo o grande atrativo que seria a interação entre a animação digital e live action acaba soando pouco convincente, sendo que obras mais antigas (e sem os mesmos recursos tecnológicos de hoje) já haviam conseguido parecerem muito mais orgânicas nessa combinação, como “Uma Cilada Para Roger Rabbit” (1988) e “Looney Tunes – De Volta à Ação” (2003).

Nenhum comentário: