segunda-feira, janeiro 21, 2013

Jack Reacher - O último tiro, de Christopher McQuarrie **1/2


Na aparência inicial, um filme como “Jack Reacher – O último tiro” (2012) até teria intenções mais que louváveis: a de resgatar a estética violenta e casca grossa das produções policiais dos anos 80 (além, é claro, de render para Tom Cruise mais uma franquia rentável). O grande detalhe, entretanto, é que Christopher McQuarrie não é Walter Hill ou John McTiernan, e Cruise está longe de ter o carisma ideal para fazer um protagonista durão (ainda que Michael Mann tenha extraído dele um desempenho antológico como um frio pistoleiro na obra-prima “Colateral”). A abertura do filme até engana: muito bem fotografada e editada, com tensa trilha sonora na medida certa, a seqüência mostra de forma detalhada e angustiante toda a preparação para um massacre de civis por um franco-atirador. A boa impressão inicial se esvai quando o personagem-título entra em cena, com a obra descambando para uma narrativa genérica e sem personalidade. Por vezes, há algum sopro de vida, principalmente pela boa encenação de uma perseguição automobilística. Mas o que predomina mesmo é tom burocrático e sem inspiração da direção de McQuarrie, além de umas das atuações mais inexpressivas da carreira de Cruise.

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