sexta-feira, janeiro 11, 2013

Paris-Manhattan, de Sophie Lellouche **1/2


A obra de Woody Allen não se presta apenas a análises sobre seus méritos cinematográficos. Seus filmes também servem como uma espécie de atestado de intelectualidade de seu público. É aquela coisa: “Não gosto de blockbusters, estou acima disso tudo, gosto mesmo é do Woody Allen”. Não é de graça que Allen é tão cultuado entre os franceses. Partindo desses preceitos, a diretora Sophie Lellouche constrói “Paris-Manhattan” (2011), uma brincadeira/homenagem com o imaginário que ronda o célebre diretor nova-iorquino. O filme traz muito da verborragia típica dos franceses, bem como uma abordagem mais realista dos relacionamentos humanos, mesmo que a produção se formate dentro do gênero comédia romântica. Mas a aproximação que faz com o cinema de Allen é superficial, o que não deixa de ser um reflexo da própria forma com que a protagonista Alice (Alice Taglioni) encara a cinematografia do cineasta em questão, de quem é fã. Assim, mesmo com Allen tendo uma participação especial interpretando a si, “Paris-Manhattan” está longe de ter a mesma verve ácida das melhores comédias do diretor homenageado, mas não deixa de ser uma produção curiosa capaz de despertar algum interesse.

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