A premissa inicial do roteiro de “Romeu tem que morrer”
(2000) faz presumir uma picaretice – a trama “atualiza” o clássico de
Shakespeare “Romeu e Julieta” na cidade de San Francisco do final do século XX
em meio a uma guerra de gangues entre afro-americanos e chineses (de certa
forma, algo parecido até foi feito na obra-prima “Amor, sublime, amor”). E na
realidade, o filme dirigido por Andrzej Bartkowiak realmente tem algo de oportunismo
mercadológico. Agora, se encararmos essa parte textual da produção como mero
pretexto para algumas boas sequências de pancadaria no estilo arte marcial, dá
até para dizer que as coisas funcionam e o resultado final da obra é bem
divertido. As coreografias de lutas protagonizadas por Jet Li tem desenvoltura
e criatividade, fazendo uma memorável junção dos preceitos estéticos do cinema
oriental do gênero com a formatação tradicional do policial norte-americano.
Claro que não há nada aqui de necessariamente revolucionário, mas tem os seus
momentos acima da média.
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