sexta-feira, maio 10, 2019

Romeu tem que morrer, de Andrzej Bartkowiak ***


A premissa inicial do roteiro de “Romeu tem que morrer” (2000) faz presumir uma picaretice – a trama “atualiza” o clássico de Shakespeare “Romeu e Julieta” na cidade de San Francisco do final do século XX em meio a uma guerra de gangues entre afro-americanos e chineses (de certa forma, algo parecido até foi feito na obra-prima “Amor, sublime, amor”). E na realidade, o filme dirigido por Andrzej Bartkowiak realmente tem algo de oportunismo mercadológico. Agora, se encararmos essa parte textual da produção como mero pretexto para algumas boas sequências de pancadaria no estilo arte marcial, dá até para dizer que as coisas funcionam e o resultado final da obra é bem divertido. As coreografias de lutas protagonizadas por Jet Li tem desenvoltura e criatividade, fazendo uma memorável junção dos preceitos estéticos do cinema oriental do gênero com a formatação tradicional do policial norte-americano. Claro que não há nada aqui de necessariamente revolucionário, mas tem os seus momentos acima da média.

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