Dentro dos cada vez mais restritivos (e obscuros) critérios
de escolhas do mercado de distribuição de filmes no Brasil, talvez o destino de
“The mongolian connection” (2019) fosse o de ser exibido por aqui em algum
serviço de streaming e olhe lá (até porque nem em DVD mais esse tipo de filme
tem chegado por aqui – afinal, ainda existe locadora disso?). Graças ao
FANTASPOA, entretanto, o espectador porto-alegrense teve a chance de ver essa
produção policial norte-americana independente na tela grande. Não há nada de
particularmente original no filme, mas é uma reciclagem bem eficaz e divertida
de clichês do gênero. As coreografias de tiroteios, porradarias e perseguições
automobilísticas são bem-feitas, encenação e caracterizações garantem alguma
densidade dramática e o roteiro até oferece exotismo ao situar grande parte da
ação na Mongólia. Ou seja, o diretor Drew Thomas pode estar distante de ser um
Michael Mann, mas pelo menos entrega um filme policial bem decente e que
sustenta o interesse do espectador por uma hora e meia. O que não deixa de ser
um feito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário