segunda-feira, janeiro 09, 2012

Minhas Tardes Com Margueritte, de Jean Becker **1/2



Os cinéfilos mais ranhetas talvez impliquem com a estrutura narrativa convencional e previsível de “Minhas Tardes Com Margueritte” (2011) e com todas as suas respectivas apelações sentimentais. E eles terão razão em suas reclamações, pois o filme em questão realmente é um pouco apelativo no seu formato de conto moral/lição de vida. É inegável, entretanto, que o diretor Jean Becker consegue envenenar esse algodão doce com algumas traquinagens. Para começar, o filme transborda referências literárias muito interessantes, afinal os contatos entre o protagonista Germain (Gerard Depardieu) e a senhora Margueritte (Gisèle Casadesus) se dão por insólitas sessões de leitura que despertam uma nova sensibilidade para o embrutecido Germain, o que acaba provocando reflexões e mudanças em sua vida. Mesmo que repita alguns trejeitos típicos de outras produções em que trabalhou, Depardieu é outro fator diferencial que eleva “Minhas Tardes Com Margueritte” por alguns momentos das trivialidades do gênero melodrama, com sua presença de cena magnética.

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