De certa forma,
pode-se ver dentro da concepção de “O Corpo” (2011) uma série de idéias e
conceitos que tornariam promissora a obra em questão: a trama que envolve
elementos e contradições da cultura oriental/islâmica na Turquia (sexo,
preconceito, religião), atores carismáticos, os cenários exóticos de Istambul.
O resultado final, entretanto, é frustrante. O diretor Mustafa Nuri não soube
explorar de forma efetivamente interessante os conflitos humanos do roteiro e
nem extrair algo de insólito ou encantador do seu registro visual. “O Corpo”
espalha dilemas ao longo de sua duração e não sabe criar uma resolução de
impacto para eles, perdendo-se numa equação nunca bem dimensionada entre a
comédia e o drama.
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