sábado, agosto 25, 2012

Albert Nobbs, de Rodrigo Garcia ***


É provável que detratores habituais de filmes de época acadêmicos terão motivos suficientes para detestar “Albert Nobbs” (2011). Com uma direção de arte asséptica e uma narrativa bastante convencional, o filme realmente pouco surpreende em termos formais, e mesmo a sua temática, apesar do insólito do tratar do homossexualismo e travestismo na Irlanda do século XIX, traz um certo rigor classista ao elaborar suas soluções de roteiro. Mas apesar da originalidade não ser o seu forte, é em outros aspectos que a produção acaba cativando. Para começar, o elenco traz algumas interpretações expressivas, a começar por Glen Close e Janet McTeer, em papéis de mulheres que se passam por homens e que realmente conseguem passar uma sensação de ambigüidade perturbadora. Brendan Gleeson também chama atenção ao compor um tipo que varia com sutileza entre a ironia e o melancólico. E por falar nisso, é mérito do filme também estabelecer uma constante atmosfera melancólica e tensa que consegue manter o suspense mesmo quando fica mais que evidente que a trama só poderá descambar em tragédia.

Um comentário:

Marcelo Castro Moraes disse...

Não sei porque é tão criticado. O filme é muito bom e me fez assistir mais de duas vezes.
Leia minha critica quando o filme foi lançado em DVD.

http://cinemacemanosluz.blogspot.com.br/2012/06/cine-dica-em-dvd-e-blu-ray-albert-nobbs.html