sexta-feira, agosto 23, 2013

Pégaso, de Mohamed Mouftakir **


Por ser uma produção marroquina, algo não muito habitual de aparecer nos nossos cinemas, “Pégaso” (2009) pode causar curiosidade pelo seu exotismo. Por vezes, tal expectativa até se cumpre – a direção de fotografia e a direção de arte realçam alguns aspectos visuais insólitos, principalmente no que diz respeito a questões culturais que são prementes no roteiro. Isso, entretanto, acaba sendo insuficiente para dar uma efetiva envergadura artística para o filme. A narrativa é muito amarrada em convencionalismo, e o roteiro padece de um viés psicanalítico muito ostensivo – as viradas da trama são esquemáticas e o subtexto perde sua sutileza na forma com que todos os conflitos e dilemas são entregues “mastigados” para o espectador.

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