quinta-feira, janeiro 15, 2015

Operação Big Hero, Don Hall ***1/2


O fato de “Operação Big Hero” (2014) ser a primeira adaptação de uma série da Marvel realizada pelos Estúdios Disney não representa apenas uma nota informativa dispensável de release. Tal animação traz boa parte dos ingredientes característicos do gênero aventura com super-heróis, e é de se ressaltar que tais elementos se combinam com extraordinárias harmonia e convicção. O detalhismo e a beleza do traço, marcado por um extraordinário misto de realismo e estilização, impressionam pelo seu impacto imagético, sendo que combinados com o dinâmico senso de narrativa do diretor Don Hall resultam numa das melhores transições recentes dos comics para a tela grande. É de se ressaltar ainda que colabora para isso um roteiro cujos motes centrais são bem trabalhados e que cujos principais personagens são fortemente carismáticos, com destaque especial para o robô herói Baymax, figura de um encanto notável. Talvez “Operação Big Hero” não se enquadre naquele nível “obra-prima da animação de aventura” de “Os incríveis” (2004) por uma questão mercadológica – o fato da produção ser destinada também ao público infantil faz com que a trama e narrativa não sejam tão enxutas (há situações e personagens histriônicos em excesso), impedindo também que por vezes o filme não atinja o devido grau de dramaticidade. Ainda sim, “Operação Big Hero” é uma obra bastante acima da média do que tem sido feito na linha das animações infanto-juvenis e repleta de sequências antológicas.

2 comentários:

Marcelo Castro Moraes disse...

Eu gostei bastante, embora não tenha um impacto maior de dramaticidade como foi Como Treinar o seu Dragão 2

Anônimo disse...

O filme é um apanhado de clichês de super-heróis, mas o real problema é que a grande maioria dos personagens não tem nenhuma razão para estar na história. O super-time tem seis integrantes mas só dois deles tem motivo para estar lá. Tadashi é o melhor personagem, o favorito de todos, mas mesmo ele parece existir só porque alguém da produção achou que 'a coisa de amor fraternal' funcionou tão bem em Frozen, por isso se devia repetir a dose.
Pedro.