quarta-feira, setembro 26, 2012

Chernobyl, de Bradley Parker **1/2


Por mais que o cinema de horror se aprofunde na fantasia, sempre haverá uma ligação com o real, em menor ou maior grau, ingrediente esse que colabora para a capacidade das produções do gênero de perturbar as platéias. Em “Chernobyl” (2012), essa característica é evidente. O diretor Bradley Parker retoma aquela clássica ligação entre experimentos nucleares e o surgimento de criaturas mutantes, em voga desde as produções ficções científicas B dos anos 50, fazendo a relação com a tragédia do acidente nuclear na União Soviética na década de 80. Ainda que Parker não apresente maiores voos formais na composição de sua narrativa, é inegável que o filme estabelece uma interessante atmosfera sinistra ao contrapor uma típica trama de jovens incautos sendo perseguidos e mortos por seres monstruosos com um subtexto (seria involuntário?) a mostrar uma cidade abandonada e em ruínas, como se o seu isolamento físico refletisse a própria ruína econômica e moral do império soviético.

2 comentários:

Marcelo Castro Moraes disse...

Esse não assisti ainda, e olha que toda hora estou indo ao cinema.

André Kleinert disse...

O filme ficou pouco tempo em cartaz aqui em Porto Alegre. Não é surpresa que muita gente não tenha assistido.