terça-feira, agosto 20, 2013

Wolverine: Imortal, de James Mangold ***


Depois da patética abordagem pseudo-artística e filosófica de “O homem de aço” e do show de descaracterização e de piadinhas sem graça em “O Homem de Ferro 3”, uma obra como “Wolverine: Imortal” (2013) chega a ser alentadora dentro do gênero de adaptações de quadrinhos. Não que o filme seja exatamente uma obra-prima, mas é inegável que o diretor James Mangold faz um feijão com arroz convincente, conseguindo tanto preservar boa parte da essência das HQs originais do personagem-título quanto demonstrar competência na encenação de aventura desenfreada. Por vezes, o roteiro apresenta algumas gorduras dispensáveis, principalmente quando mostra um Wolverine (Hugh Jackman) vacilante demais nas suas forçadas lembranças de Jean Grey (Famke Janssen). No mais das vezes, entretanto, o que predomina é muita ação casca grossa. Mesmo com as limitações de violência típicas de uma grande produção, Mangold tem boas sacadas narrativas, principalmente pela opção de focar a trama no Japão (que nos gibis originais do protagonista sempre teve uma participação importante no desenvolvimento de sua personalidade), o que faz com que se tenha uma profusão de lutas, duelos de arte marcial, ataques de ninjas e afins, propiciando que Logan tenha bastantes oportunidades para colocar suas garras em ação. E a cena em que Wolverine realiza uma autocirurgia no coração é antológica no seu exagero e brutalidade. Assim, no cômputo geral, “Wolverine: Imortal” é bastante superior a “X-Men Origens: Wolverine” (2009) e cria uma razoável expectativa para a próxima aventura dos X-Men a ser transposta para as telas, “Dias de um futuro esquecido” (onde o baixinho canadense terá papel fundamental).

Um comentário:

Marcelo Castro Moraes disse...

Embora poderia ter sido melhor, é cem vezes superior que Wolverine: Origens